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Por que "Gerenciar para Cima" se tornou metade mentoria e metade controle de danos?

  • Foto do escritor: Comunicação
    Comunicação
  • há 6 horas
  • 2 min de leitura
FBM

A ascensão rápida de Chief Marketing Officers (CMOs) trouxe à tona um novo desafio para equipes de marketing: como trabalhar efetivamente com líderes que, muitas vezes, têm menos experiência. O conceito de "gerenciar para cima", que antes era visto como uma arte de ajudar seu chefe a ter sucesso, agora se transforma em algo mais complexo. Com a velocidade das mudanças e a pressão constante por resultados, a gestão ascendente se torna uma combinação de mentoria e controle de danos.


Os líderes de marketing hoje enfrentam um ambiente em que a permanência no cargo é cada vez mais curta. Um estudo recente da Spencer Stuart aponta que o tempo médio de um CMO no cargo caiu para cerca de quatro anos. Essa redução de tempo gera um cenário em que os líderes estão mais preocupados em se mostrar eficazes do que em desenvolver um trabalho criativo e inovador. Como resultado, as equipes de marketing muitas vezes se vêem forçadas a adotar uma abordagem mais cautelosa, priorizando a segurança em vez de arriscar ideias ousadas.


Além disso, a crescente presença de ferramentas de inteligência artificial no processo criativo transformou a dinâmica de trabalho. O que antes era um gargalo na produção agora se torna um ciclo interminável de revisões e aprovações, criando um ambiente onde a criatividade é sufocada pelo medo de errar. As equipes se tornam imitadoras, oferecendo conteúdo que "parece inteligente" e "não vai cancelar" seus líderes, em vez de buscar a originalidade.


Para navegar nesse novo cenário, as equipes de marketing precisam adotar novas regras de engajamento. Primeiro, devem transferir a aprovação para etapas iniciais do processo, focando no conceito em vez do produto final. Em segundo lugar, é fundamental substituir a busca por "alinhamento" pela aceitação da "tensão criativa", que é essencial para o surgimento de grandes ideias. Além disso, é importante gerenciar a confiança no processo, ajudando os líderes a lidar com incertezas.


Por fim, manter um nível de atrito no sistema é crucial. O desconforto pode ser um motor para a originalidade, permitindo que ideias inovadoras surjam. Em última análise, gerenciar para cima deve ser um ato de coragem, onde a confiança, a curiosidade e um pouco de atrito podem transformar a narrativa do marketing, criando algo verdadeiramente novo e impactante.

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