NRF Europe 2025: O Futuro do Varejo Visto de Paris
- Comunicação

- 25 de set
- 3 min de leitura

Paris recebeu pela primeira vez o NRF Europe, Retail’s Big Show Europe. Durante três dias, de 16 a 18 de setembro, mais de 15 mil profissionais do varejo, 480 expositores de 40 países e 200 palestrantes se encontraram no Paris Expo Porte de Versailles para debater, provocar e cocriar caminhos. Não foi apenas uma feira, foi um chamado à ação.
Eu não estive lá fisicamente. Mas mergulhei nos relatos oficiais da própria NRF e nos comentários de especialistas do Brasil e do mundo para compilar o que de melhor aconteceu. Este artigo é um recorte do que realmente importa.
Dia 1 – Inteligência Artificial, Pagamentos e Omnicanalidade
O primeiro dia trouxe a marca da transformação tecnológica.
Guillaume Motte, CEO Global da Sephora, mostrou como beleza, comunidade e pertencimento se tornam motores de crescimento.
O Carrefour apresentou sua visão de lojas movidas a dados, usando IA e analytics para prever, decidir e agir.
A Action impressionou com sua estratégia ousada de abrir ao menos uma loja por dia em 2025.
Empresas como On e Adyen reforçaram que pagamento não é detalhe, é diferencial competitivo.
Aprendizado: IA deixou de ser promessa e virou ferramenta prática. Omnicanalidade não é luxo, é sobrevivência.
Dia 2 – Dados, Comunidade e Cliente no Centro
O segundo dia reforçou o mantra: sem cliente não há estratégia.
Snipes e Paris Saint-Germain mostraram como marcas podem patrocinar comunidades, não apenas eventos.
Best Buy trouxe sua visão de supply chain ágil e inteligente, preparada para incertezas.
MediaMarktSaturn contou sua jornada de varejista tradicional para plataforma omnicanal.
Aprendizado: dados de qualidade são ativos críticos. Mas sem cultura e comunidade, viram números frios. Cliente quer personalização, mas também quer sentir que faz parte de algo maior.
Dia 3 – Commerce Unificado e Experiência Ampliada
O terceiro dia fechou com força no commerce unificado.
Kiko destacou como integrar todos os canais para fortalecer comunidades de marca.
A Calzedonia / Oniverse compartilhou sua reinvenção, colocando experiência do cliente como centro de cada decisão.
Jason Goldberg e Diana Marshall (Sam’s Club) trouxeram o olhar americano, mostrando que, em qualquer continente, o cliente continua sendo o ponto de partida.
Aprendizado: unificar não é apenas integrar sistemas. É orquestrar experiências, dados, pessoas e propósito em uma mesma jornada.
Lições de Paris para o Brasil
Dados são mídia e margem. No Brasil, precisamos evoluir na monetização do tráfego em loja e medir impacto de cada interação.
Pagamento simples e seguro fideliza mais do que promoção agressiva. Pix parcelado, carteiras digitais e contactless são prioridade.
Loja como destino. Precisamos evoluir também na transformação de pontos de venda em pontos de vida, lugares de experiência, serviço e pertencimento.
Comunidade como estratégia. Parcerias locais, causas culturais e autenticidade criam vínculos que resistem às promoções da concorrência.
Disciplina de expansão. Como a Action mostrou, crescer exige método, rituais e foco, não apenas vontade.
Paris x Nova York
Se em Nova York o tom foi IA, Retail Media e segurança, em Paris apareceu a marca da Europa: mais atenção a sustentabilidade, ESG, privacidade de dados e regulamentações. Duas faces de um mesmo futuro.
Link e fonte principal: NRF Big Show Europe – site oficial

Fred Alecrim é empresário, mentor e palestrante internacional com mais de 30 anos de experiência.
Fundador da fintech Credere e sócio do hub HairSIZE, ele é conhecido por transformar reflexões em ações concretas que geram impacto. Criador do VarejoCAST, sua voz tem impulsionado o futuro do varejo no Brasil.
Com participações em eventos globais como o Web Summit e a NRF, Fred lidera missões empresariais em destinos como Orlando, Lisboa e China, sempre em busca de inovações. Mentor certificado pelo VMS do MIT, é autor de quatro livros de sucesso, incluindo UAUgomas e Movimentação.
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