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Contra o tarifaço, pesquisa de mercado e marketing bem feitos

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    Comunicação
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura
FBM

Havíamos comentado alguns artigos atrás, que essa avalanche de tarifas não terminaria, apenas teria alguns ajustes, para cima ou para baixo, mas nossa afirmação de que nada será como antes, vem se confirmando. A geopolítica econômica mudou para sempre.


Escrevo esse artigo em outubro 2025, mês em que Donald Trump anunciou uma “sobretaxa da sobretaxa” contra a China, mas você irá perceber que, se estiver lendo em outubro de 2026, ainda estará atualizado, porque essa guerra de tarifas não tem prazo para terminar. A China respondeu que dará o troco, e já sabemos no que isso vai dar: quando dois gigantes brigam, sobra hematomas para os grandes. Para os pequenos, então, sobram fraturas expostas.


O que vai acontecer no Brasil daqui em diante? A China irá expandir seus negócios, comprando mais, vendendo mais, alterando os ponteiros que as indústrias vinham direcionando seus negócios. Ao vender mais para o Brasil, cresce a disputa no mercado interno, porque as empresas precisam criar suar armas de contra-ataque. A disputa pelos clientes vai fica acirrada, muitos disputando os mesmos R$ disponíveis no mercado.


Ao comprar mais do Brasil, a China está colaborando para que muitas empresas redirecionem suas exportações. Muitos dos nossos clientes estão se adaptando a esse novo (e põe novo nisso, completamente distinto exportar para a China do que para os Estados Unidos), e com isso recompor suas vendas. E aqui vale um parêntese: com tarifaço e tudo mais, nossas exportações seguem crescendo.


Quando Trump decidiu nos tarifar em 50%, comentamos que algo poderia ser revisto, mas que as super taxas continuariam. E seguem, apesar de revisões aqui e outra ali, e boas expectativas após o “clima que pintou” entre Lula e Trump. O que tenho certeza é que nuca quisemos e nunca iremos querer uma briga com Estados Unidos. Não faz o menor sentido e nem temos “armas” para isso. Por outro lado, as empresas brasileiras não podem ficar assistindo, devem usar as suas próprias “armas”.


Pesquisa de Mercado é a ferramenta para entender mercados. Quer seja o mercado interno, quer seja o mercado externo. Parece difícil pensar numa pesquisa de mercado que analise o comportamento do consumidor chinês? De jeito algum, já estudamos os consumidores Coreanos, Chilenos, Japoneses, etc, para empresas brasileiras. E tudo online, descomplicado. Não se deixe abater por algo que parece difícil. Pense grande, comece pequeno, aprenda.


Quando falamos do mercado interno tudo fica mais simples, mais ágil, maior probabilidade de transformar informações em caixa de forma mais rápida. Costumo dizer, levante da cadeira da sala de reunião e olhe para o lado de fora da janela. O Brasil é um oceano de oportunidades.


E em tudo vem o Marketing, porque brigar no mercado interno ou externo exige desde mudanças em embalagens, novos modelos de comunicação, promoções que façam a diferença, até algo mais complexo, como encontrar novos distribuidores e pensar em posicionamento de preço, junto com o Comercial, Logística, etc, mas tudo começa no Marketing.


Não fique preso às más notícias. Fique preso em observar as oportunidades em meio a ambientes tensos. E pense no seguinte: oportunidade é sempre do mercado e abraça quem chegar primeiro. E risco é sempre seu, e estruturar as oportunidades é o que reduz os riscos.


Sucesso para você!


Claudio Silveira


Claudio Silveira | @claudiosilveira.quorumbrasil

VP de Pesquisa de Mercado da Fundação Brasileira de Marketing

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