Marcas que ecoam
- Comunicação
- 25 de abr.
- 2 min de leitura

Como as marcas despertam ligação afetiva com seu público através da identidade sonora.
No mundo do marketing, a disputa pela atenção do público não é mais só visual — ela também é sonora. Em meio a tantas telas, a voz tem se tornado uma ferramenta poderosa de conexão e memória afetiva. Marcas que entendem isso estão criando experiências que não apenas são vistas, mas ouvidas, lembradas e compartilhadas.
É nesse cenário que o sound branding e os podcasts de marca ganharam espaço. Eles não só comunicam, mas criam vínculos. Uma trilha marcante ou um jingle bem construído, se tornam uma assinatura sonora. Tudo isso pode se tornar uma impressão digital da marca no ouvido e no coração das pessoas.
Sound branding ou branding sonoro, é o processo de construir a identidade sonora de uma marca. Assim como o logo visual, as cores e a tipografia formam a identidade visual, o sound branding cria uma assinatura sonora que transmite a essência da marca por meio de sons, trilhas, vozes e jingles.
É a forma como uma marca soa e como ela faz as pessoas se sentirem ao ser ouvida. Isso pode incluir desde o som de abertura de um aplicativo, até uma trilha sonora exclusiva para vídeos, o tom de voz dos porta-vozes, o estilo musical de campanhas e até efeitos sonoros em lojas físicas. Tudo pensado estrategicamente para reforçar valores, gerar reconhecimento e criar vínculo.
O som acessa o cérebro de forma imediata e emocional. Uma boa identidade sonora fica na memória e diferencia a marca em meio ao barulho do mercado. E, num mundo onde o áudio é protagonista (com podcasts, assistentes de voz, vídeos curtos e plataformas de streaming), saber como sua marca soa é mais relevante do que nunca
Bons exemplos não faltam. A Netflix com seu inconfundível “tudum”. A Intel, cujo som de inicialização se tornou ícone global. A Heineken, que usou trilhas sonoras imersivas para suas campanhas digitais. A Coca-Cola, que há décadas transforma sons em sensações. E marcas brasileiras como a Natura, que une música e propósito em projetos que ecoam sensibilidade.
Já os podcasts transformaram marcas em narradoras de histórias. Empresas como Bradesco, Nubank, Magazine Luiza e até instituições públicas estão usando esse formato para educar, informar, entreter e, acima de tudo, se aproximar do público de forma íntima e autêntica.
Um podcast é uma vitrine da personalidade da marca. Por meio dos temas abordados, das histórias contadas e da forma de conduzir o diálogo, o podcast reforça os valores e o propósito da marca de forma orgânica e autêntica. O jeito de falar, o vocabulário, a entonação… tudo comunica.
Diferente de vídeos ou textos, o podcast acompanha o público em momentos íntimos: na academia, no trânsito, na cozinha. Isso faz com que o som da marca esteja presente no dia a dia — e isso é branding em ação.
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