Por Que as Regras Antigas de Diferenciação Estão Falhando e O Que Fazer em Seu Lugar

Atualmente, o mercado não necessita de mais marcas únicas, mas sim de marcas incomuns. A seguir, um guia sobre como se tornar uma dessas raras exceções.

No passado, ser único em marketing tinha um significado claro. Nos anos 1950, Rosser Reeves introduziu um conceito fundamental para a criação de marcas: a ideia de oferecer um benefício claro e atraente que apenas sua marca poderia reivindicar, como o slogan dos M&M's: "O chocolate ao leite que derrete na boca, não nas mãos."

Apesar de sua popularidade, essa abordagem não é mais suficiente em um mercado saturado de produtos semelhantes. A busca por singularidade frequentemente resulta em declarações de marca superficiais que não ressoam com os consumidores. Portanto, é hora de mudar o foco de ser único para ser incomum.

Ser incomum não implica reivindicar algo que ninguém mais pode afirmar, mas sim apresentar-se de uma maneira que poucos fazem. Trata-se de oferecer algo que, embora não seja exclusivo, parece raro, sendo intencional e humano. O incomum gera uma conexão emocional, destacando-se pela autenticidade e relevância.

Quando falamos sobre "incomum", referimo-nos a algo que ressoa emocionalmente, não a algo raro no sentido estatístico. É um momento de clareza em meio ao ruído do mercado, uma marca que age de maneira inesperada e reflexiva.

Ao mudar o foco de singularidade para o incomum, as marcas podem se concentrar na profundidade de significado e valor, em vez de apenas na diferenciação. Isso leva a um entendimento mais profundo do caráter da marca e à criação de um vínculo mais forte com o público.

A pressão para se diferenciar no marketing B2B é crescente, mas a verdade é que poucas empresas têm produtos genuinamente únicos. A maioria acaba soando semelhante ao tentar destilar suas propostas em mensagens únicas. Estudos mostram que a distinção, e não a singularidade, é o que realmente impulsiona o crescimento da marca.

No ambiente saturado do marketing moderno, a forma como você se apresenta é crucial. O que antes era considerado diferencial se tornou o básico que todos fazem, resultando em um conteúdo genérico. A tecnologia, como a IA, também contribui para essa homogeneização, tornando as marcas mais mediocres.

Para construir um "fosso incomum" — uma vantagem competitiva que não pode ser facilmente replicada — as marcas devem se concentrar no que têm de único para oferecer: uma voz humana, um compromisso genuíno e uma personalidade distinta.

*Quatro Elementos para Criar um Fosso Incomum:*

1. Um Ponto de Vista Incomum: Sua marca deve ter uma opinião clara e significativa, desafiando suposições e elevando discussões.

2. Acesso Incomum: Utilize as experiências e histórias únicas de sua equipe para fornecer insights que os concorrentes não têm.

3. Sabor Incomum: Não tenha medo de expressar a personalidade da sua marca. Uma voz autêntica pode ser um dos maiores diferenciais.

4. Compromisso Incomum: A consistência na entrega de valor e no engajamento com seu público é fundamental.

Adotar essa abordagem não apenas simplifica sua estratégia, mas também melhora a qualidade do seu conteúdo, aumenta a lealdade do público e traz de volta o prazer de criar.

O mundo não precisa de mais marcas únicas; ele precisa de marcas incomuns que se atrevem a ser diferentes e que têm algo significativo a dizer. Ao construir um fosso incomum, você não apenas se destaca, mas também conquista a confiança do público, criando uma história que ressoa.