GPTrash? Quanto estamos gastando de recursos sem termos consciência?
- comunica649
- 25 de abr.
- 2 min de leitura

Você se preocupa em economizar água no banho, mas já parou pra pensar quanto gasta só pra pedir uma imagem divertida pra IA?
Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI , cada resposta gerada por uma inteligência artificial como o ChatGPT consome, em média, 500 ml de água — usada para resfriar os servidores que processam tudo o que pedimos.
Fazendo as contas aqui, só nas minhas interações mais recentes (e segundo o ChatGPT me respondeu), foram mais de 218 litros consumidos.
Pela tela parece leve. Mas por trás, é um sistema de alto consumo rodando sem parar - imagine isso em uma escala de uso global...
E tem mais: estimativas mostram que, em breve, até 5% de toda a energia elétrica dos EUA poderá ser usada exclusivamente por modelos de IA.
O problema? Uma grande parte disso está sendo gasta com conteúdo descartável.
Quantas imagens você já tentou gerar que não ficaram boas?
Quantos bonequinhos, ilustrações e cenas repetidas você criou (somente nessas ultimas semanas!) até chegar em algo que realmente funcionasse?
Quantas vezes a IA entregou um resultado raso, que você apagou em segundos?
É isso que venho chamando de hashtag#GPTrash: o lixo digital invisível que a gente produz sem perceber - conteúdos que consumiram energia, água e tempo — mas nunca chegaram a ser usados.
E isso não é uma crítica.
É um convite à consciência.
A IA pode (e deve) continuar sendo uma ferramenta criativa, mas talvez seja hora de usar melhor.
De perguntar com mais clareza.
De exigir respostas mais inteligentes.
De criar menos por impulso — e mais por intenção.
Menos GPTrash. Mais propósito. Mais direção. Mais inteligência aplicada.
E se te fez pensar, faça acontecer.
Caio Camargo
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